Pesquisa revela que redes varejeistas optam por demitir funcionários e focar no aumento de produtivi
- Redação SM
- 15 de ago. de 2016
- 2 min de leitura

Das 300 maiores empresas do setor varejista, 88 reduziram o número de funcionários no ano passado em relação a 2014 e um grupo menor, formado por 31 varejistas, diminuiu o total de lojas, aponta o ranking da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo de Consumo). Apesar do enxugamento feito por esses dois grupos, a SBVC constatou que, juntas, as 245 companhias, que informaram dados de pessoal e lojas nos rankings de 2014 e 2015, aumentaram, em média, 5,85% o número de pontos de venda no período e tiveram um acréscimo, menor, de 1,35%, em média, no total de empregados.
Eduardo Terra, presidente da SBVC, disse que apesar dos cortes feitos pelos dois grupos – o que demitiu e o que fechou loja –, na média houve uma expansão do emprego e dos pontos de venda entre as 245 maiores varejistas do País, com um aumento no total de lojas comparado com o crescimento do número de funcionários. Ele explicou que essa expansão média entre as 245 empresas foi sustentada por farmácias e supermercados, dois segmentos que são mais resistentes à crise porque vendem produtos essenciais. “Mais de 50% das lojas abertas em 2015 são farmácias.”
Para Alberto Serrentino, sócio-diretor da consultoria de varejo Varese, o aumento de produtividade nas empresas de varejo por conta do ajuste no emprego e fechamento de lojas deficitárias é o legado positivo da crise que será mais visível quando a economia voltar a crescer. Ele discorda da visão de que o varejo está retrocedendo. “É o oposto: está ocorrendo é um salto de produtividade.”
Atualmente, as grandes redes varejistas estão enxugando custos, cortando funcionários e fechando lojas deficitárias, o que dificilmente fariam se o mercado estivesse favorável, disse Serrentino. Isso, disse, vai tornar as empresas mais saudáveis.
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